domingo, 10 de maio de 2015

Deputadas estaduais do Rio falam sobre filhos e trabalho


A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) não é apenas um espaço de debate. A Casa também é reflexo das mudanças na sociedade. E, no caso da maternidade, não poderia ser diferente. Em comemoração ao Dia das Mães, celebrado no próximo domingo (10/05), as deputadas abriram o álbum de família (e se emocionaram) para contar as histórias de conciliação entre o cotidiano atarefado e o cuidado com os filhos.
As deputadas Enfermeira Rejane (PCdoB) e Lucinha (PSDB) se separaram dos seus maridos cedo, o que fez com que cuidassem quase sozinhas dos filhos. “Fazia atividade nas associações de moradores e levava eles comigo. Era pai e mãe”, diz Lucinha, que, para onde ia, levava os filhos Júnior e Thiago. Rejane conta que o pai de Guilherme saiu de casa quando o menino tinha um ano de idade e, para arcar com as despesas fixas, ela teve que se virar em dois empregos.
O excesso de trabalho fez com que as deputadas Ana Paula Rechuan (PMDB), Zeidan (PT) e Tania Rodrigues (PDT) parassem pouco em casa. Médica, Ana Paula confessa que passava mais tempo com o filho dos outros do que com Mariana e Vinícius, mas “morria de saudades dos dois”. Já Zeidan quase cedeu aos apelos do filho mais velho: “Quando me candidatei pela primeira vez, o Felipe implorou para eu não assumir o cargo. Ele sabia que eu ficaria um pouco ausente”.
Tania busca recompensar o tempo perdido aproveitando a neta Lara. “Não vi minha filha Camila dar seus primeiros passos porque estava viajando a trabalho. Agora, procuro planejar meu tempo para curtir a Lara”, garante.
Quando não é possível administrar trabalho e maternidade como se espera, elas fazem como as deputadas Márcia Jeovani (PR) e Daniele Guerreiro (PMDB): recorrem às “mães postiças”. Há 27 anos, Márcia conta com a fiel escudeira Adenair, que viu Matheus e Mariana nascerem e ajudou a criá-los.
Daniele contou com o apoio da sogra Marjorie, quando, aos 15 anos, descobriu estar grávida. Enquanto a parlamentar estudava para concluir o ensino médio, Mariana ficava aos cuidados da avó, que também acompanhou o crescimento do neto Daniel, quatro anos mais novo.
Tia Ju (PRB) não pôde ter filhos, mas cria a sobrinha Elisama, hoje com 13 anos. Aos 16 anos, na Bahia, ela transformou a garagem da sua casa em sala de aula. Desde então, conta que virou mãe de várias crianças que chama de “filhos do coração”.

Deputadas estaduais conciliam filhos e a rotina da Alerj

Foto: Divulgação / Rafael Wallace

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