sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Doze bandidos armados de pistolas e facões invadem residência e fazem casal, amiga e quatro crianças reféns durante a madrugada



Crime ocorreu na Rua Eurico Batista, quando os criminosos invadiram residência pelos fundos, que dá para região de mata

Douglas Macedo
Uma família moradora de São Francisco, na Zona Sul de Niterói, passou por momentos de pânico entre a noite desta quarta-feira e a madrugada desta quinta-feira (29). Por quase quatro horas, três adultos e quatro crianças sofreram ameaças de um grupo de 12 bandidos armados com pistolas e facões, que invadiram um imóvel na Rua Eurico Batista e fizeram a limpa na casa, levando eletrodomésticos, joias e dinheiro.
De acordo com o proprietário do imóvel, um engenheiro e empresário de 50 anos, a tensão começou por volta das 23h e só teve fim às 3h, de madrugada, quando os bandidos saíram do local levando dois carros da família: um Toyota Corola e uma Saveiro, lotados com os pertences roubados da família. Uma amiga da família que estava na casa ainda foi obrigada à acompanhar um dos bandidos até um caixa eletrônico em Icaraí e sacar R$ 400, sendo liberada em seguida. Durante o assalto, os bandidos chegaram a fazer quatro viagens de carro para poder carregar quase todos os bens da família, não deixando para trás nem fogão e geladeira.
“Eu ainda nem sei o que vou fazer da minha vida. Não quero continuar morando ali. As pessoas ficam muito expostas numa situação como esta. Não é por causa do dinheiro e sim pelo bem-estar da família. Ver meus filhos e minha esposa à mercê dessas pessoas é muito assustador. Graças a Deus foram apenas bens materiais”, desabafou o engenheiro.
Ainda segundo o dono do imóvel, os bandidos invadiram sua residência pelos fundos, que dá para uma mata fechada que serve de acesso a comunidades da região.
“Durante as horas que eles ficaram na minha casa, ameaçando minha família, eles usaram o carro de uma amiga nossa para fazer umas quatro viagens”, relatou a vítima, que afirmou ter ouvido dos policiais que estavam de plantão na 79ª DP (Jurujuba), onde o caso foi registrado, que esse grupo de ladrões já invadiu várias outras casas na região. A polícia, porém, não comentou a declaração.
O presidente do Conselho Municipal de Segurança e membro do Conselho Estadual, Moacyr Chagas, lamenta que o baixo efetivo nas delegacias esteja, segundo ele, prejudicando o trabalho de investigação da Polícia Civil em Niterói.
“Niterói precisa de um número maior não só de policiais militares, mas também de policiais civis. A cidade está com um número muito baixo para trabalhar e garantir a segurança da população”, denunciou.
De acordo com a Polícia Civil, imagens das câmeras de segurança da região serão analisadas. A polícia informou que no imóvel estavam o engenheiro, a esposa de 40 anos, uma amiga da família e os filhos do casal, de 13, 12, nove e seis anos. Segundo a família, ninguém sofreu agressões físicas, apenas psicológicas.
Apesar dos bandidos terem passado horas na residência e feito pelo menos quatro viagens para transportar o produto do roubo, o coronel Fernando Salema, comandante do Batalhão de Niterói, 12º BPM, garante que a região é patrulhada por policiais da Companhia Destacada de Pendotiba, 24 horas por dia.
“A polícia sempre faz um alerta para as pessoas que em caso de movimentação estranha na casa de seus vizinhos, façam uma comunicação o mais rápido possível para o Serviço 190”, declarou. 

domingo, 4 de outubro de 2015

Casal de idosos tem carro metralhado ao entrar por engano em favela de Niterói e mulher morre

Um casal de idosos teve o carro metralhado por traficantes ao entrar por engano na comunidade do Caramujo, no Fonseca, em Niterói, na Região Metropolitana, na noite deste sábado. A mulher identificada como Regina Múrmura, de 70 anos, foi levada para o Hospital Estadual Azevedo Lima, mas morreu na unidade. De acordo com a Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, as vítimas saíram do bairro do Leme, na Zona Sul do Rio, para ir a um restaurante em São Francisco, na Zona Sul da cidade vizinha, e utilizaram um aplicativo de localização no celular, que indicou o caminho pela favela. O carro foi cercado por homens fortemente armados que atiraram quando os dois já estavam saindo da favela.
—O marido da vítima já prestou depoimento na sede da DH. Estamos tentando identificar os atiradores, que são traficantes de drogas da região — afirmou o delegado Alan Duarte.
Segundo a Polícia Militar, o carro foi atingido por pelo menos 20 disparos. A direção do Hospital Estadual Azevedo Lima informou que Regina Múrmura deu entrada na unidade na noite deste sábado, com parada cardiorrespiratória. Os médicos ainda tentaram manobras de ressuscitação, mas a paciente não resistiu.


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