Pablo Medeiros e o segurança Romero Hil, acusados de participar do assassinato dos familiares do estilista Beto Neves, da grife Complexo B, prestaram ontem o primeiro depoimento após o advogado Michel Salim, apontado como mandante do crime, se entregar à polícia.
O titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), Wellington Vieira, informou que preferiu não convocar Salim para depor em função da cláusula acordada por ele ao se entregar à polícia, não qual se reservava a falar somente em juízo.
O delegado não quis dar declarações sobre o teor dos depoimentos prestados pelos acusados, alegando sigilo nas investigações. Com isso, não foi confirmado se houve a identificação do quarto suspeito, cujo retrato falado foi descrito por Pablo.
Nos corredores da delegacia, no entanto, Pablo falou com a imprensa e alegou inocência. Acompanhado por sua advogada, ele frisou que apenas estava trabalhando como motorista.
“Eu só quero dizer que não tenho nada a ver com isso, nessa história estou entrando em uma coisa que não tive a ver. Fui ao local porque o Romero e o Michel falaram que era para eu dirigir. Eu não tenho culpa de nada, não sou culpado de nada”.
Ele negou ter recebido dinheiro e argumentou que tudo o que ele tinha para falar já havia sido dito ao delegado.
Acusações – Michel Salim é acusado de ser o mandante das mortes de Linete Loback Neves e Manuella Neves – mãe e sobrinha do estilista Beto Neves, da marca Complexo B – e também de Rafany Pinheiros, noivo de Manuella, assassinados no dia 27 de agosto, em Venda da Cruz, em São Gonçalo.
De acordo com as investigações da DHNSG, Michel Salim pagou R$ 100 mil para que seu segurança, Romero Gil da Rocha, de 54 anos, desse uma lição na ex-mulher dele, Rosilene Neves, de 43 anos. Gil, então, teria contratado, segundo a polícia, Pablo Jorge de Medeiros, de 33 anos, e mais um comparsa para matar Manuella, que seria o principal alvo da ação acriminosa.
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